Jornalistas&Cia 1385

Edição 1.385 página 5 Especial Consciência Negra Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade… No próximo domingo (20/11), Dia da Consciência Negra, Mariana Aldano e duas colegas suas, Denise Thomaz Bastos e Gabriela Dias, vão apresentar um programa especial na TV Globo, logo depois do Fantástico: Sons de São Paulo. Esse programa tratará do que se refere o título, ou seja, da presença dos negros nos mais diversos cantos da Capital paulista. Sobre a música de São Paulo, leia: SÃO PAULO EM VERSO, PROSA E MÚSICA, que publiquei no dia 24 de janeiro de 2022 como especial do Jornalistas&Cia. Ao ator Davi de Almeida, outrora repórter cinematográfico da TV Globo e de outras tevês em São Paulo, perguntei se em algum momento de sua vida fora de algum modo discriminado, na Redação ou fora da Redação. Depois de dizer que nunca foi discriminado, que nunca o viram com preconceito, disse: “Na vida há espaço para todos. O universo está aí à disposição pra realizar tudo o queremos ser. Feliz com o reconhecimento e as conquistas dos negros, que cada vez mais estamos ocupando espaços em todos os setores, inclusive no audiovisual. Somos todos iguais nessa vida de meu Deus e perante a Constituição”. Trabalhei com Davi na Globo e dele guardo belíssimas imagens. Como ator, Davi de Almeida brilha nas séries PSI (2014), Beleza S/A (2013), Pico da Neblina (2019), Hebe (2019) e nos filmes VIPs (2010) e Carcereiros (2019). Jorge Araújo é baiano como Davi de Almeida. Disse que nunca sofreu discriminação nenhuma entre colegas. Como baiano, aqui e acolá, foi visto por olhares preconceituosos e discriminadores. “Mas isso faz parte da vida”, diz ele. Trabalhei com Jorge, na Folha. Século passado. Jorge Araújo é repórter fotográfico dos melhores do Brasil e do mundo. Tem quase 50 prêmios, nacionais e estrangeiros, ganhados no decorrer da vida profissional. É dele a famosa foto da Pomba da Anistia. E diz, a mim: “Trabalhei durante 40 anos na redação da Folha de S.Paulo. Eu contei nos dedos de uma mão quantos profissionais de cor negra trabalharam ao meu lado e em cargos de chefia. Dados do Perfil Racial da Imprensa Brasileira mostram que a maioria da categoria (77,1%) é branca, segundo dados do IBGE. Em 40 anos na editoria de Fotografia da Folha, somente dois negros trabalharam ao meu lado. Eu, como pardo declarado em minha carteira de identidade, nunca sofri nenhum preconceito pela minha cor. Num país com 56% de negros (IBGE), o Nordeste é o que mais emprega jornalistas negros, com 39%. Norte, 25%, Oeste, 21%, e Sul, apenas 5%. Na Semana da Consciência Negra é muito triste ver as pesquisas do IBGE. Precisamos caminhar mais 100 anos para equipararmos esta tragédia profissional”. Na Folha trabalhei também com o craque Ubirajara Júnior, repórter policial. E nas horas vagas, contista. Na Folha trabalhei também com o fotógrafo pernambucano Manuel Isidoro, que se vangloriava de ser impoluto perante as mulheres. Era um cara cheio de graça, que já está no céu. Jornalistas negros fizeram história, inclusive na Paraíba. O primeiro presidente negro do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, Sindjorp, foi João Bosco Gaspar Mariana Aldano Davi de Almeida com a atriz Brenda Lígia Miguel Novembro é o mês da Consciência Negra e para a Intel, como uma empresa que tem como sua missão promover e levar maior diversidade e inclusão dentro e em todo o ecossistema que impacta, sabemos da importância do tema. É preciso colocar diversidade racial como uma pauta recorrente, não apenas em um mês. Por isso, vamos juntos construir o futuro inclusivo que precisamos? Mais do que querer, é o certo a se fazer. Copyright © 2022 Intel Corporation. Intel e o logotipo Intel são marcas comerciais da Intel Corporation nos Estados Unidos e em outros paises. *Outros nomes e marcas podem ser considerados como de propriedade de terceiros. Pág.1

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