Jornalistas&Cia 1385

Edição 1.385 página 11 n Durante as manifestações do 15 de novembro – contra o resultado das eleições e a favor de um golpe militar –, jornalistas foram intimidados por manifestantes, como denunciou Marcelo Auler em seu blog. u Nessa terça-feira, em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, no centro do Rio, Auler entrevistou um militar da reserva. Depois disso, um grupo tentou forçá-lo a apagar a gravação. Diante da recusa, um integrante mais radical aplicou-lhe uma gravata, ou um golpe de sufocamento, mas nem assim foi atendido. u Auler propôs, então, que a polícia intermediasse a questão. O sargento PM que atendeu à contenda concluiu que uns tinham a liberdade de se manifestar e o jornalista, de trabalhar, e não pediu que apagasse a entrevista. u As ameaças repetiram-se em Brasília, por manifestantes no Setor Militar: uma equipe da rádio Jovem Pan precisou de escolta da PM para deixar o local. Em Belém do Pará, conforme denúncia do sindicato do Estado, os ataques ocorreram contra profissionais do jornal O Liberal. u Na véspera (14/11), no Paraná, Isaac Risco, correspondente espanhol da agência de notícias alemã Deutsche Presse Agentur, foi obrigado a apagar uma entrevista com manifestante, conforme narra em vídeo, em que diz: “O Brasil ficou perigoso para se fazer jornalismo”. Marcelo Auler denuncia ameaças a jornalistas n O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, coordenador da transição de governo, anunciou nesta quarta-feira (16/11) a composição do subgrupo da Comunicação Social. Entre outros, estão Octavio Costa, presidente da ABI; Laurindo Lalo Leal Filho, conselheiro da ABI; Teresa Cruvinel, ex-presidente da EBC; Florestan Fernandes Junior, ex-TV Brasil; Helena Chagas, ex-ministra da Secretaria de Comunicação (esses três, colaboradores do Brasil247); e HélioDoyle, professor aposentado da UnB. A primeira reunião foi realizada na manhã do mesmo dia, de forma híbrida. n Três notas que oDrive, newsletter do Poder360, publicou emsua primeira edição desta quarta-feira (16/11), apontamproblemas sérios na CNN Brasil. Elas estão transcritas na íntegra, a seguir: Demissões em dezembro A emissora de TV a cabo de Rubens Menin (dono da empreiteira MRV e do Banco Inter) foi lançada com 600 funcionários. Hoje, tem 800.Onúmeroserádrasticamente reduzido antes do fim deste ano. Sempre no vermelho A CNN Brasil foi lançada em 15 de março de 2020. Nunca deu lucro. Menin queima milhões de reais por ano para sustentar a operação. Fatura apenas R$ 150 milhões anuais. CEO dispensada A jornalista Renata Afonso está em férias. Não deve retornar mais. Entrou para a emissora em abril de 2021. Seu salário mensal é de R$ 650 mil. Isaac Risco Poder360 vê crise na CNN Brasil Definido subgrupo de Comunicação na equipe de transição conitnuação - Últimas n Magda Almeida morreu no sábado (12/11), em Porto Alegre (RS), aos 81 anos, de um câncer do qual se tratava desde março deste ano. O corpo foi cremado no dia seguinte (13/11). u Carioca, era formada em Jornalismo pela UFRJ e em História pela Gama Filho. Fez estágio, com bolsa, em The New York Times, fez curso de Publishing certificado pela Universidade de Navarra, e de Jornalismo Investigativo em Columbia University. u Foi repórter e editora nos tempos áureos do Jornal do Brasil. Esteve nas sucursais da Folha da Tarde e do Estadão, em São Paulo. EmODia, no Rio, foi a primeira ombudsman mulher – e relatou para o Jornalistas&Cia sua experiência (www.portaldosjornalistas. com.br/classificados). Ali também criou o Instituto Ary Carvalho, braço social do grupo O Dia. u Depois da aposentadoria, foi morar com a filha Fernanda em Porto Alegre. Dali, aceitou o convite para ser colaboradora do Quarentena News (www.facebook.com/QuarentenaNews1). (Ver Memórias da Redação, na pág. 32) O adeus a Magda Almeida Magda Almeida em 2016 n A RedeTV dispensou o apresentador Luís Ernesto Lacombe na sexta-feira (11/11). O jornalista, que apresentava o Agora é com Lacombe, deve ser substituído por Amanda Klein, que passará a comandar um outro programa no mesmo horário. Ele também apresentava o RedeTV News, principal jornal da emissora. u Segundo informações de Ricardo Feltrin, do Splash (UOL), os programas apresentados por Lacombe registravam traço de audiência ou ficavam sempre abaixo de 1 ponto no Ibope. O apresentador chegou à Rede TV em 2020, para comandar o Opinião no Ar, programa que saiu do ar em março deste ano justamente por causa da baixa audiência. Conforme apuração da coluna de Feltrin, Lacombe reclamava constantemente da estrutura da RedeTV, emOsasco, São Paulo. RedeTV dispensa Luís Ernesto Lacombe Luís Ernesto Lacombe Nacionais Pág.1

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