Jornalistas&Cia 1380

Edição 1.380 página 30 Pois é, personagens reais têm invadido a ficção infantil. Coisa boa. Por esse mesmo caminho têm trilhado muitos autores, jornalistas inclusive. Em 2009, o jornalista alagoano Audálio Dantas publicou O Menino Lula. É a história do pernambucano que virou presidente. Bom texto, para um bom personagem. E por não ter o que fazer, até eu abracei a ideia de contar a infância de pessoas reais, como a cantora paulistana Inezita Barroso e o pernambucano de Exu Luiz Gonzaga. Dois livros, direcionados ao classificado público infanto-juvenil. Títulos: A Menina Inezita Barroso (2011) e Lua Estrela Baião, a História de um Rei (2012). No ano de 1987, o multitudo paranaense Elifas Andreato adaptou um texto da Declaração dos Direitos Humanos (1948) para a criançada. Dizia dos principais itens, ou pontos, necessários para que as crianças pudessem/possam crescer com liberdade e categoria. Tornando-se cidadãos de respeito. Essa adaptação ganhou livro e versão musical para teatro e disco. Uma beleza. Título: A Canção dos Direitos da Criança. Sou litorâneo. Nasci em João Pessoa (PB). Conheci o mar nos braços da minha prima Avani. Eu tinha uns três anos, se tanto. Apaixonei- -me pelomar. E apaixonado escrevo, especialmente para este J&Cia, Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-36614561 e 11-985-490-333. PRECIO SIDADES Acervo ASSIS ÂNGELO do O Menino e o Mar: Numa boa estou bem Na canoa a navegar Navego no lusco-fusco Das ondas que faz o mar Menino-peixe que sou Eu nasci para brincar Quem brinca se diverte Seja só ou seja em par Nas ruas, parques e praças Ou simplesmente no mar Na vida tudo é graça Pra quem gosta de brincar Brincando criei a Lua Brincando fiz o luar Minha canoa não teme As intempéries do mar Quem tem medo do medo Não serve para brincar Minha canoa é forte Tão forte que nem o mar Tão forte que nem o vento Quando quer nos assustar Com remos firmes nas mãos Eu não me canso de remar Já remei em todo canto Inda mais hei de remar Na Paraíba, no Japão... Em japonês eu vou cantar Cantando direi que sei Dos segredos que tem o mar Na tarde de todo dia Num ponto qualquer do mar Ouço vozes maviosas Ganhando formas no ar São sereias desgarradas Num belo coro a cantar É a coisa mais bonita Que se possa imaginar: Sereias no ar dançado Cantando pra encantar Num ponto qualquer do mundo Num ponto qualquer do mar! Deslizando sobre águas Sigo eu a navegar Procurando juntar forças Pra quem sabe até voar! Sou peixe à luz do Sol À luz da Lua sou o mar Sol e Lua quando juntos Formam sempre um belo par O Sol oscula a Lua A Lua oscula o mar Na canoa numa boa Sigo eu a navegar (O MENINO E O MAR || ASSIS ANGELO) Vale lembrar que nesse 12 de outubro comemoraram-se o Dia da Criança e o Dia de N.S. Aparecida, a padroeira do Brasil. LEIA MAIS: Em junho de 2013 escrevi para o Jornalistas&Cia um texto especial abordando o tema literatura infantil. É uma pequena viagem no tempo. Talvez valha a pena acompanhar o dito escrito, sob o título Oralidade − Hoje, ontem e sempre. Foto e reproduções por Flor Maria e Anna da Hora. Ilustração de Fausto Bergocce

RkJQdWJsaXNoZXIy MTIyNTAwNg==