Jornalistas&Cia 1380

Edição 1.380 página 22 Comunicação Corporativa n A CDN está fazendo 35 anos. Uma das marcas que mais contribuíram para o avanço e o desenvolvimento da comunicação corporativa no Brasil e que por vários anos chegou a liderar o segmento, a agência acaba de anunciar um reposicionamento de marca. “Mais do que a mudança na identidade visual, a agência de comunicação assume o conceito de The PR Powerhouse (uma potência em relacionamento, que se apoia na inteligência de dados e na tecnologia para apoiar os negócios dos clientes), com um novo board, novo escritório, além do fortalecimento de sua área de inteligência de dados”, diz o comunicado distribuído no início desta semana. u De empresa de dono e sócios oriundos sobretudo do jornalismo, a agência mudou de mãos em setembro de 2013, quando João Rodarte e os demais sócios venderam a participação ao Grupo ABC, de Nizan Guanaes, então detentor de outras 14 empresas, entre elas África e Loducca. Poucos meses depois, emnovembro de 2015, emnovo movimento, o Grupo ABC foi vendido à gigante Omnicom, e com isso a CDN passou a ter controladores internacionais e a percorrer novos caminhos. u Poucomais de dois anos atrás, em agosto de 2020, a liderança da agência foi assumida por Fábio Santos, que já havia integrado sua diretoria alguns anos antes e que na ocasião cuidava de seu próprio negócio. u Nesse período, Fábio dedicou- -se a reestruturar a operação e o negócio, a despeito das incertezas provocadas pela pandemia da Covid-19. Renovou e diversificou a equipe, mudou o endereço do escritório na capital paulista, saindo da tradicional Faria Lima para a agitada Vila Madalena, e agora, com o anúncio do rebranding, prepara-se para nova fase de expansão, de olho em elevar o patamar de faturamento, Aos 35 anos, CDN adota novo posicionamento e aposta na força da renovação e do rebranding estimado nos últimos dois anos pelo Anuário da Comunicação Corporativa em R$ 51 milhões, nível que lhe dá a oitava colocação geral no segmento das agências e a terceira colocação quando se olha os faturamentos individuais de cada uma delas. u O novo posicionamento e as transformações da agência serão comunicados ao mercado por meio de uma campanha criada pela DM9. Ela deverá evidenciar a capacidade de construção de diálogo da agência e abrangerá anúncio em mídia impressa e peças para os meios digitais, incluindo um vídeo institucional. u Foi sobre esse novomomento que Jornalistas&Cia conversou com o CEO da CDN, entrevista publicada a seguir: Jornalistas&Cia – A CDN está fazendo 35 anos e é uma das pioneiras na transformação da atividade do segmento das agências de comunicação, tendo sido líder demercado por vários anos. E está agora adotando um novo posicionamento e assumindo transformações relevantes no negócio. Pode explicar o que está sendo planejado e implementado de mais importante na empresa? Fábio Santos – Nos últimos seis anos, a CDN deixou de ser uma empresa de três ou quatro sócios, todos à frente do negócio, para ser parte de uma holding global de capital aberto. O momento atual marca a consolidação dessa transformação. A CDN hoje está inteiramente integrada ao enorme ecossistema da Omnicom. Hoje, consideramos o PR a ferramenta mais poderosa que existe para fazer marcas e instituições dialogarem com seus públicos de interesse, sejam eles quem forem, estejam onde estiverem, seja via imprensa, redes sociais, experiências, influenciadores etc. Nós sabemos como navegar nesse novo cenário no qual a narrativa não é controlada por ninguém. Isso exige experiência, time diverso, ferramentas de big data, capacidade analítica e adaptabilidade. Temos no cerne de nossa prática o compromisso de, mais do que para os clientes, trabalhamos com eles para alcançar seus os objetivos de negócio. Dessa maneira, somos maleáveis para nos adaptar às necessidades de cada cliente, em lugar de fazê-lo adequar-se a um único método de trabalho. J&Cia – A atual reestruturação muda de algummodo o vínculo da agência, em termos internacionais? Fábio – Sim, em paralelo a esse processo de transformação cultural, a CDN encontrou um espaço mais adequado dentro da Omnicom. Estamos saindo da DDB, que é uma vertical principalmente de publicidade dentro da Omnicom, e passando a nos reportar ao Omnicom PR Group. Essa mudança nos traz mais acesso a ferramentas e conhecimentos que são mais úteis ao nosso trabalho no dia a dia. Também facilita o reporte, Equipe de executivos da CDN, liderada por Fábio Santos (o primeiro à esquerda, na fileira de baixo)

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