Jornalistas&Cia 1378

Edição 1.378 página 39 Inscrições até 30 de setembro 27ANOS Pingue-pongue com os editores Jornalistas&Cia entrevistou Luciana Gurgel e Aldo De Luca sobre a experiência de conduzir, desde Londres, um site com cobertura em tempo real dos assuntos internacionais de mídia e comunicação com um olhar brasileiro dos acontecimentos. Jornalistas&Cia – Como vocês organizam a pauta do MediaTalks e quais as fontes mais relevantes que estão no radar? Luciana Gurgel e Aldo De Luca – Procuramos equilibrar assuntos que interessem a vários públicos e combinar notícias, análises, serviço (dicas de bolsas, cursos, concursos) e também um pouco de diversão. Um dos hits do MediaTalks são as matérias sobre situações inusitadas ocorridas com jornalistas pelo mundo − de tombos a atropelamentos. Acompanhamos diariamente organizações que monitoram a liberdade de imprensa no mundo, entidades e acadêmicos que pensam o futuro da mídia e também centros acadêmicos que estudam o impacto da comunicação do mundo. São várias fontes, muitas em países pouco acompanhados pelas grandes agências de notícias globais. J&Cia – A parceria com o UOL foi um divisor de águas para o MediaTalks? Como ela se dá no dia a dia? Luciana/Aldo – Ser parte do UOL aumentou nosso tráfego e nosso alcance, mas sobretudo nos ensinou muito sobre jornalismo digital. A equipe do UOL nos apoia em tudo o que precisamos e nos ajudou a evoluir com base nos parâmetros mais elevados, técnicos e editoriais. J&Cia – Quem são os leitores nativos de MediaTalks e como é a audiência trazida pelo UOL? Luciana/Aldo – Nossos leitores nativos são jornalistas, estudantes e comunicadores, e também pessoas que atuam em ONGs associadas aos temas que cobrimos, como diversidade e mudança climática. O curioso é que o leitor do UOL tem interesse nos mesmos assuntos, já que o jornalismo é uma atividade que desperta curiosidade. E temas como desinformação, fake news e uso das plataformas digitais são universais, interessam a todos. Por isso não precisamos fazer conteúdos especiais para uma ou outra audiência. J&Cia – Qual a curva histórica de audiência do MediaTalks e que assuntos, até aqui, mais impactaram esses números? Luciana/Aldo – Este mês vamos superar os 200 mil visitantes únicos, e crescemos muito em busca orgânica. Isso é resultado de uma atenção aos temas de interesse da sociedade. Nós acompanhamos grandes acontecimentos sob a perspectiva da mídia, com análise e contextualização. Assuntos como as crises de imagem da família real britânica, as violações da liberdade de imprensa pelo mundo e a perseguição ao jornalismo independente na guerra da Ucrânia estão entre os temas principais. Também vemos muito interesse em ensaios de fotojornalismo, que contam histórias visuais impactantes. J&Cia – Para a produção das edições especiais, o MediaTalks tem se valido de uma rede de correspondentes brasileiros que vivem e atuam em grandes centros mundiais. Coincidência ou não, até hoje foram correspondentes mulheres. Como é pensada a participação dessas correspondentes nos especiais MT? Luciana/Aldo – São contribuições muito ricas, e em linha com o espírito do MediaTalks: compartilhar informações e pontos de vista diferentes para, da nossa forma, colaborar com o futuro do jornalismo, da comunicação e da mídia. Cada uma tem uma história local para contar, o que é fundamental para a ideia de aprofundamento em um tema indo além do que a mídia global publica.

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