Jornalistas&Cia 1378

Edição 1.378 página 36 Inscrições até 30 de setembro 27ANOS equipe para conseguir responder a toda essa demanda. Para o futuro, é importante que consigamos expressar para todo o Brasil a força do jornalismo que a Ajor representa. Vemos uma explosão de novas iniciativas, mas há uma parte que já está consolidada, e que vai seguir crescendo. J&Cia − Há diferenças de tamanho e alcance das organizações associadas, principalmente em relação a modelos de negócio e recursos. Como atender às especificidades de cada organização? Maia − Existe uma diferença conceitual quando você pensa em uma organização com fins de lucro e uma sem fins lucrativos. Mas, no geral, muitas acabam bebendo nas mesmas fontes de financiamento. Há associadas que são organizações com fins lucrativos e que também recebem verbas de grants e editais para desenvolver projetos específicos. O centro mesmo é conseguir diversificar a receita e desenvolver iniciativas que tenham a ver com o seu perfil. A Ajor organizou uma mesa sobre produtos no Congresso da Abraji, na qual associadas deram vários exemplos de como estão diversificando suas fontes de financiamento. Além de modelos de assinaturas, doações ou de financiamento por editais, há inúmeras possibilidades de geração de receita. O que aprendemos é que o centro de tudo é conhecer muito bem a sua audiência. Porque, a partir disso, você consegue com criatividade ir desenvolvendo coisas que podem contribuir com a sustentabilidade do seu negócio. Eventos são uma possibilidade. Ou, se você é uma organização local, pode buscar apoio no comércio da região, por exemplo. Dá para pensar em muita coisa diferente para gerar receita para as organizações, e o negócio é entender o que dá certo para o público que te lê, ouve ou assiste. J&Cia − Um dos eixos de atuação da Ajor é a diversidade, principalmente a regional. O que falta para ampliar a visibilidade de organizações fora do Sudeste? Maia − A diversidade regional é um eixo superprioritário na Ajor, e seguimos buscando organizações de fora do eixo Sul-Sudeste, mas elas têm que vir quando derem conta de participar. Precisamos ter paciência e entender os limites de cada iniciativa. Há várias organizações que estão em um momento muito inicial e que, muitas vezes, estão tão sobrecarregadas, não conseguem nem preencher o formulário para se associar. A Associação tem uma tarefa para o próximo semestre que é comunicar melhor tudo que tem feito para beneficiar o ecossistema. Sistematizar melhor os projetos, os benefícios. Atualizar esse tipo de coisa é importante também para conseguirmos reverberar tudo o que está sendo feito e que muitas vezes tem pouca visibilidade fora. Ao longo deste primeiro ano de atuação, começamos a ver o surgimento de conteúdos jornalísticos que são resultado de colaboração entre associadas. Gostamos de pensar que a organização potencializa esses canais de troca entre organizações. E isso, sem dúvida, aumenta a visibilidade de iniciativas que estão no local, no território, seja do ponto de vista periférico ou regional, em regiões como Norte, Nordeste e CentroOeste. J&Cia − Por que uma organização deveria se associar à Ajor? Maia − A associação à Ajor só traz benefícios. Traz benefício porque é um hub para compartilhar conhecimento. Traz benefício porque aumenta a visibilidade de iniciativas do ponto de vista nacional e internacional também, uma vez que a entidade tem contato e está sempre apresentando as iniciativas para organizações de fomento ao jornalismo. Traz benefício porque você passa a fazer parte de um grupo de organizações que pode receber verba para projetos específicos de parceiros. O centro é entender que você fará parte de um mercado, de um ecossistema, de um conjunto de organizações que só se fortalece estando juntas.

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