Edição 1.378 página 19 Inscrições até 30 de setembro 27ANOS independente ainda é limitado pelo modelo digital baseado em tráfego e cliques, que beneficia portais com grandes volumes de audiência: “O que falta é uma grande conversa sobre modelo de negócios e jornalismo, que envolva anunciantes e empresas donas de redes sociais. Outros modelos de monetização deveriam ser possíveis para valorizar o conteúdo de qualidade”. Em uma tentativa de subverter essa lógica de anunciantes, o Alma Preta Jornalismo fundou, em 2020, a Black Adnet, uma rede que aproxima grandes marcas de veículos e influenciadores especializados em questões raciais, de gênero, direitos humanos e voltadas para as periferias. A ideia é que as empresas possam investir em campanhas mais direcionadas e de maior impacto social, enquanto as iniciativas conseguem monetizar produzindo peças publicitárias que condizem com a sua linha editorial. A rede já conta com mais de 20 parceiros e é formada exclusivamente por sites com lideranças negras. No entanto, o domínio das ferramentas de anúncios pelas empresas de tecnologia ainda é desproporcional e abre o questionamento sobre outras formas de financiamento. Em 2022, a discussão de que companhias como o Google e o Facebook deveriam pagar os veículos de notícias pelos conteúdos veiculados em suas plataformas surgiu com força no País por causa do PL das Fake News. A proposta de regulamentação, no entanto, dividiu a opinião de organizações de jornalismo, como a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), que afirmaram que a forma como o pagamento por notícias foi colocada na proposta poderia excluir veículos de pequeno e médio portes.
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